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Cartoon Network: servindo representatividade animada desde sempre!

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Não há idade para os desenhos fazerem parte da vida de uma pessoa. Vira e mexe, nos pegamos trocando sorrisos ao lembrar de alguma cena engraçada ou episódio que marcou uma geração. Nesse sentido, a Cartoon Network (CN) está há 32 anos fazendo milhares de crianças - e adultos - se divertirem diante da tela de uma televisão. Essa empresa, que possui sua sede na cidade de Atlanta (EUA), iniciou suas atividades focando em desenhos cujos títulos são lembrados até hoje pelo seu público, por exemplo, "As Meninas Superpoderosas", "Hanna-Barbera". Além desses, o clássico "O Laboratório de Dexter" foi um sucesso para a geração dos anos 2000. Mas foi a partir do ano de 2010 que ela passou a inserir no enredo de suas criações o tema voltado para a comunidade LGBT+, buscando incentivar desde cedo a cultura de orgulho e respeito pela diversidade sexual.


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Inicialmente, os desenhos não apresentavam de maneira direta, por exemplo, as relações existentes entre os seus personagens; porém, já deixavam vestígios para o entendimento de que eles possuíam algo que não estava dentro do que era vivido pela maioria das pessoas de uma sociedade. Isso sempre era motivo para levantar hipóteses de que, na verdade, eles estavam tratando de questões que envolviam a comunidade LGBT+. Mais tarde, isso ficou explícito, uma vez que a CN veio a público para falar sobre os desenhos antigos. E a primeira série apresentada por eles que continha esse tipo de conteúdo informativo não explícito foi "Adventure Time" (2010-2018).


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Outras séries também fizeram parte desse espaço de apresentação da diversidade para um público que estava iniciando a aprendizagem sobre o respeito e o acolhimento, num mundo em que muitas pessoas estabelecem que o diferente não deve existir. São elas: "Steven Universe", "The Legend of Korra", "OK K.O.! Let's Be Heroes", "Craig of the Creek" e "The Oblongs". Todas elas, de alguma forma, inseriram personagens que abordavam a relação entre pessoas pertencentes à comunidade LGBT+. Atualmente, os desenhos já não precisam expressar de maneira velada as relações entre os seus personagens. O amadurecimento da empresa fez com que eles utilizassem os desenhos para aproximar ainda mais o seu público de uma ação importante: compreender e respeitar as diferenças, sobretudo quando elas estão no campo da orientação e identidade de gênero.

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É possível ver tal atitude em situações concretas, como a de 2021, na cidade de São Paulo, quando a CN se posicionou contra um projeto anti-LGBT+. Nele, uma deputada da extrema-direita tentava impedir a presença de pessoas da comunidade ou casais LGBT+ em comerciais de televisão, alegando, segundo escrito no projeto, que tal aparição causava "desconforto emocional a inúmeras famílias” e “práticas danosas” às crianças. Além disso, o documento, que buscava ser legitimado em votação na Câmara do estado de São Paulo, dizia que o intuito era "evitar a inadequada influência na formação de jovens e crianças”. Imediatamente, a Cartoon Network entrou com uma nota repudiando tal ato e, ainda, pressionou (comercialmente, temos que pontuar) os deputados para que tal projeto não fosse sequer votado. E assim ocorreu. Segue a nota:

“O Cartoon Network, assim como o grupo WarnerMedia, defende e apoia uma sociedade mais justa, inclusiva e representativa. Como influenciadores e criadores de conteúdo, acreditamos que também é nosso dever dar voz a todes em cada história que contamos por aqui, e nas que ainda estão por vir."

Já em 2023, ao celebrar os 30 anos da marca CN, o vice-presidente da CN disse o seguinte:

"O nosso compromisso com diversidade e inclusão garantirá que o nosso conteúdo não seja só divertido, mas também represente o mundo em que os nossos jovens espectadores vivem."
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E para celebrar o ano de 2025, a empresa, através do seu CNShop, apresentou diversos produtos com a temática LGBT+ ligados aos seus personagens. Os itens vão desde canecas personalizadas a mouse pads e camisetas. Portanto, se você já era fã de algum desenho que marcou a sua infância e ele passava na Cartoon Network, agora você pode ter um item colecionável para expressar sua cultura geek e o seu orgulho de ser quem você é. Mas me bateu uma curiosidade: você era a Lindinha, a Florzinha ou a Docinho?

 
 
 

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